quarta-feira, 14 de março de 2012
Prece pela poesia
Senhor, concedei-me a Poesia...
Sem ela, as cores se afastam,
E a vida que resta é tão fria...
E o coração já duvida,
E o tempo é convertido em nada,
E a alma se cala, sombria,
E o fio se perde, na espada.
Senhor, concedei-me a calma
Por trás do vibrar da matéria;
Ensinai, Senhor, como a Alma,
Destoa ao pulsar da artéria,
Mas toma, no ar, vosso pulso,
Vê vossas pegadas, no espaço,
estáveis, ainda que etéreas.
Senhor, concedei-me a confiança,
Que alenta os que marcham sem medo;
Que os sonhos nos soprem segredos
e as dores despertem lembranças.
Que as ânsias por perdas ou ganhos,
Estranhos a quem nada espera,
Não expulsem as reais Esperanças.
Senhor, concedei-me a graça
De nada pedir, só a entrega
Do Sonho, que à terra se nega,
Do Amor, que a terra ultrapassa,
Da Alma, que, da vossa, é parte.
Da voz, que espera ser ponte,
À Voz, que se expressa na Arte.
Lúcia Helena
Nova Acrópole - Brasília
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Divinal Inspiração que toca as fibras da alma. Como é tão pouco dizer que são Lindos Versos, mas mesmo assim digo por não encontrar palavras. Mui Grata!
ResponderExcluirWow, que linda e profunda poesia!
ResponderExcluirPoesia que solicita em preces, preces precisas em palavras dispostas em versos, que me iluminam a mente. Poesia, esta forma de alta expressão, que vem sempre em socorro de nossas almas, iluminada poetisa que atendida já estava e ajoelhada reza por atingir seu alvo: a poesia.ARISTIDES DORNAS JÚNIOR. MOEDA - MG.
ResponderExcluirParabéns Nova Acrópole pela publicação de tão maravilhosas palavras da sensível Lúcia Helena. OBRIGADA. Viva o próximo 14 de Março também!!!
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